terça-feira, 15 de novembro de 2011

Terceira Idade





Vejam essa mensagem sobre a Terceira Idade que fala sobre a importância excessiva que damos aos números, esquecendo que o ato de envelhecer torna-se mais rico quando aprendemos a viver melhor.
É uma mensagem do blog dos Coordenadores, Parceiros e Voluntários do Projeto Terceira Idade, Homossexualidade e Prevenção das DSTs/HIV/AIDS da ABIA - Associação Brasileira Interdisciplinar de AIDS - Rio de Janeiro - Brasil.

Vale à pena, não só o texto, mas conhecer o trabalho dessas pessoas, além da contribuição da ABIA em nossa sociedade.

http://terceiraidadehsh.blogspot.com/2011/11/quando-nos-apercebemos-do-sentido-da.html?zx=25efb8abb34b7744


http://www.abiaids.org.br/

sábado, 12 de novembro de 2011

A invisibilidade das mulheres lésbicas no sistema de saúde

(Agência Patrícia Galvão) “Liberdade, Saúde e Autonomia - Conquistar direitos todo dia!” é o tema da 9ª Caminhada de Lésbicas e Bissexuais de SP, que acontece no dia 25 de junho, às 12 horas, a partir da Praça Oswaldo Cruz, no início da av. Paulista.
Na entrevista abaixo, Lurdinha Rodrigues, liderança nacional da Liga Brasileira de Lésbicas (LBL) e representante do segmento LGBT (composto por lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais) no Conselho Nacional de Saúde, fala sobre um assunto fundamental e pouco abordado: a saúde das mulheres lésbicas e bissexuais.

“A saúde das mulheres em geral, no Brasil, tem passado por muitas dificuldades e isso se agrava ainda mais no caso das mulheres lésbicas e bissexuais. Se as mulheres têm problemas para ter acesso a ginecologista nos postos de saúde, no caso das lésbicas isso se torna ainda mais dramático, pois há um grande risco de, ao conseguir ser atendida, sofrer preconceito pelo fato de ter uma orientação sexual diferente. Por exemplo, a primeira pergunta de um ginecologista, em geral, é: 'O que faz para prevenir a gravidez?’, ou seja, um questionamento que parte do pressuposto de que ela tem relação heterossexual.

Por sofrer esse tipo de preconceito e pelo mito de que, por não ter relação com homem, essa população não precisa fazer papanicolau e corre menos riscos de pegar DSTs, muitas mulheres lésbicas acabam não indo com a frequência recomendada ao ginecologista. Correm, portanto, grandes riscos de contrair doenças e não tratá-las adequadamente. No Rio Grande do Sul foi feita uma campanha para que as mulheres lésbicas façam os exames preventivos.

Além de campanhas e eventos de conscientização, é urgente que haja investimento do governo na informação e na sensibilização dos profissionais de saúde para que seja feito um atendimento sem discriminação. Não se trata de ter um ambulatório especial para atender as lésbicas, mas sim que todos os serviços e profissionais estejam capacitados para atender toda a população com suas especificidades, ou seja, que todas as mulheres sejam bem atendidas, independentemente da orientação sexual de cada uma.

Pela falta de conhecimento e investimento em estudos e pesquisas sobre a saúde das lésbicas e bissexuais, há uma dificuldade maior de se pensarem políticas públicas que enfrentem os problemas dessas mulheres. Por exemplo, há indícios de que há maior incidência de tabagismo, alcoolismo, uso de drogas e obesidade nessa população. Por que isso acontece? O que é necessário fazer? Outro ponto importante a ser considerado é que a população LGBT, como todos segmentos discriminados, está sujeita a alguns transtornos de saúde mental. Uma pessoa que sofre preconceito e discriminação desde criança está muito mais vulnerável na sua estrutura psíquica.

Os profissionais de saúde precisam ser formados, capacitados e retreinados para atender a população LGBT.”

Maria de Lourdes Rodrigues - coordenadora da Comissão de Saúde LGBT do Conselho Nacional de Saúde
Liga Brasileira de Lésbicas

http://www.agenciapatriciagalvao.org.br/index.php?option=com_content&view=article&id=1833:saude-lesbica&catid=52:pautas

Sexo e Saúde - Juventude e o HIV

O jovem não tem mais o mesmo medo do HIV
                                 
 por Jairo  Bouer

Na última semana, participei em Brasília de um grupo de trabalho no Ministério da Saúde para definir o "briefing" (informações, orientações) para que as agências de publicidade desenvolvam o esboço das campanhas do Dia Mundial da Aids (1º de dezembro) e do Carnaval 2012.

Especialistas e representantes de diversos setores da sociedade foram discutir qual será o foco dessas campanhas.

Já há alguns anos o Brasil vive uma situação de "epidemia concentrada", ou seja, alguns grupos estão mais vulneráveis e merecem atenção especial.

Neste ano, os jovens continuam como um foco importante de cuidado. Entre os jovens, dois grupos chamam atenção: as meninas, com suas dificuldades em negociar o uso do preservativo e sua confiança cega nos jovens companheiros; e os garotos que fazem sexo com outros garotos e têm se descuidado com frequência em suas novas experiências.

Dados sugerem que, em 35% dos casos novos em jovens, a transmissão se deu entre dois homens. Discutir a valorização da autoestima e da vida e o combate ao estigma, ao preconceito e à violência é parte dos objetivos da campanha do Ministério da Sáude.

Outro foco é mostrar a importância, mesmo nos dias de hoje, do cuidado, da prevenção e da administração dos riscos no caso da Aids. Hoje, o jovem não vê o vírus HIV como sendo aquele mesmo bicho de sete cabeças que as gerações anteriores enxergavam. Houve uma banalização da doença, talvez por um afastamento dos períodos mais críticos da epidemia, da chegada de tratamentos mais eficazes ou, ainda, do uso de profilaxia (prevenção) com remédios em alguns casos especiais.

Mas a história está longe de ser resolvida. O vírus está aí, as pessoas continuam a se infectar em velocidade semelhante a dos últimos anos, e os jovens que têm uma longa vida sexual pela frente não gerenciam bem os seus riscos.

O que fazer? Trabalhar a informação mais e melhor! Tentar mexer nas ideias e nas emoções é um caminho!


Folha de S.Paulo - Sexo & Saúde - Jairo Bouer: O jovem não tem mais o mesmo medo do HIV - 17/10/2011